Essa semana teve entrevista do Sling Core, no Ponto de Encontro para o Blog da Tatiana Trivellato.
Obrigada Tati...
Saiba mais sobre o método Sling Core
- A convidada de hoje no Ponto de Encontro é a Michele Giani, proprietária do Studio Michele Giani em Caxias do Sul e responsável por ministrar o curso de Sling Core no Brasil. O método foi aprimorado e relançado em 2014 não só com um novo conteúdo programático, mas também com um novo nome, desde sua criação em 2010, era chamado de Sling Pilates. Me interessei muito ao ver a mudança no nome, em uma época em que todos tentam se aproveitar do nome Pilates. O Sling Core fez o caminho contrário e decidiu seguir carreira solo, tirando o Pilates do nome. Hoje a Michele vai compartilhar com a gente os motivos da mudança e falar mais sobre o método.
Boa leitura, Tati
Michele, qual é a história do método Sling Core?
Minhas escolhas sempre foram em busca de novidades e desafios, pensando nisso procurei o método Pilates, o qual fiz a formação clássica em 2006. Trabalhando anos como instrutora de Pilates em uma academia, resolvi arriscar e abrir o meu próprio estúdio 5 anos depois. Foi então que comecei a minha busca por algo inovador.
Certo dia, meados de 2009, passei os olhos num programa da GNT e me interessei pela reportagem do método Sling Training, explicado pelo Fisioterapeuta Cornell Coezijn, alemão que trouxe o método para o Brasil. Rapidamente fui em busca de informações na internet para ver onde e quando seria o próximo curso e me inscrevi na mesma hora.
Após o curso, apliquei a técnica em muitos de meus alunos os quais relatavam ser de fácil execução, relaxante e divertido, porém a sensação muscular era totalmente diferente do método Pilates. E eu sabia que sim, pois pude sentir por muitos dias após o curso de Sling Training a sensibilidade e a organização muscular em meu próprio corpo. Dias após o curso, recebi um e-mail do Prof. Cornell com um convite para um projeto de criação de um método que fosse a junção do Pilates com o Sling Training. No mesmo instante em que recebi o e-mail, nem terminei de lê-lo, já havia respondido que sim. Meses de estudo se passaram, e em março de 2010, apresentei meu projeto para o Prof. Cornell. Ele, com o conhecimento do treinamento suspenso, e eu, com o conhecimento em Pilates clássico, resolvemos nomear a técnica de Sling Training + Pilates, porém por não ser um nome interessante comercialmente, mais tarde passamos a chamar de Sling Pilates. Em agosto de 2010, ministrei o primeiro curso de Sling Pilates com a responsabilidade de uma técnica inovadora, passando para as pessoas uma nova possibilidade de treinar o Pilates, agora em suspensão.
Mas, meados de 2012, minhas dúvidas internas começaram a aparecer, minhas verdades e valores começaram a falar mais alto. E decidi, em 2014, mudar o nome de Sling Pilates para Sling Core. Mas essa história, vou contar na próxima pergunta.
Qual foi o motivo da mudança do nome de Sling Pilates para Sling Core?
Em meados de 2012, o curso Sling Pilates estava muito bem, com muita procura por ser ser uma novidade. Porém, internamente eu não estava satisfeita. E de curso em curso, atualizações e congressos, decidi ir para Buenos Aires, na primeira South American Pilates Conference, onde começaram os meus primeiros passos para as mudanças com o Sling Pilates.
A mudança começou ao ouvir histórias de Lolita San Miguel, Brett Howard, Kathy Corey, Cara Reeser e Rael Isacowitz na conferência. Na segunda Conferência em 2013, tive o privilégio de uma longa conversa que com Peter Fiasca, um ícone do Pilates clássico. E a confirmação veio com a certificação internacional pela PMA (Pilates Method Alliance), em 2013, quando tomei a decisão da mudança.
Foi então que comecei a busca pelo melhor nome que se encaixasse com uma técnica de treinamento funcional suspenso, usando as bases e princípios do método Pilates e as resistências, estabilizações e apoios diferenciados do método Sling Training. E que eu pudesse transmitir a essência da técnica somente pelo nome, foi então que cheguei ao Sling Core.
A primeira turma foi em Agosto de 2014, 4 anos depois, num curso totalmente modificado, com nomes de exercícios específicos para cada movimento. Esse formato é baseado em sequências que se dividem em básico, intermediário e avançado, além de incluir exercícios em pé, o que difere dos exercícios anteriormente propostos pelo Sling Pilates.
Anteriormente o Sling Pilates era enraizado no método Pilates, com 34 movimentos, com os mesmos nomes dos exercícios do Mat Pilates. Mas, pela minha mente inquieta, o método não era Pilates, nunca teve a intenção de ser uma cópia, portanto a mudança foi necessária, pois Pilates é um só, o método clássico de Joseph Hubertus Pilates.
Gostei muito da frase de introdução da Tati: “decidiu seguir carreira solo”. Sim, o método Sling Core, agora é carreira solo.
Quais são as diferenças entre os dois métodos?
O Sling Pilates era composto por 34 movimentos no solo, com pernas ou braços suspensos no Sling Trainer.
O Sling Core foi remodelado, alguns exercícios foram retirados da sequência e outros foram acrescentados, até chegar a uma sequência adequada para qualquer pessoa em qualquer idade. Ele é diferenciado, potente, profundo, moderno, ousado, interessante, isométrico e isotônico, contemplando 38 movimentos finais, com progressões que chegam até 3 variações em cada exercício, os quais foram nomeados de uma forma que lembram exatamente o modo de execução. Conservando as pitadas básicas ensinadas por Joseph Pilates, e do Hannspeter Meier, inventor do método Sling Training.
Através do treinamento suspenso, o Sling Core contempla força e controle através do núcleo, alinhamento postural, fluidez, precisão e concentração. Além disso o método se baseia no conceito “ Y ”, que é uma grande novidade: resistência cardiorrespiratória utilizando uma respiração conjugada com a ativação dos músculos estabilizadores profundos do “core” da forma correta.
O método Sling Core é indicado pra quem?
É indicado para qualquer pessoa em qualquer idade, de crianças a idosos. O método atende tanto um aluno que procura condicionamento físico ou um paciente indicado para reabilitação.
Existe algum risco ou contraindicações?
Não existe nenhum risco. É contraindicado apenas para pacientes pós-cirúrgicos de abdômen, antes dos 30 dias recomendados para a recuperação, sendo necessário um aval médico para recomeçar as atividades abdominais gradativamente.
Qual é o exercício que você mais gosta de fazer?
Sou suspeita, pratico diariamente a técnica e gosto muito de todos os exercícios, mas já que tenho que escolher um, cito o “Caterpillar” ou “Lagarta”. Ele é um exercício intermediário e rico em benefícios, como o potente fortalecimento abdominal, aumento da frequência cardiorrespiratória, aumento do fluxo de oxigênio para o cérebro e a estabilidade da cintura escapular e pélvica.
Michele é formada em Licenciatura Plena e Bacharel em Educação Física pela Universidade de Caxias do Sul /RS e formou-se no Método Pilates Original em 2006. Ela é membro da Sociedade Sling Training Brasil e tem formação em Sling Training e Sling Desk.
Michele acredita que devemos nos atualizar e nos manter motivados. Que não devemos acreditar em nada e experimentar tudo, para podermos tirar as próprias conclusões, descobrindo os nossos valores e nos tornando um exemplo para a sociedade.
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